USUÁRIA DA CAPS:
Marcelle sou usuária do Caps Davi Capstranio Filho em Aracaju/Se e visitei o seu blog e gostei muito do pouco que eu li.
Pergunto a você: O que eu faço para denunciar o meu tio XXXXX que insiste que eu vá para uma casa de recuperação evangélica aqui no interior (em Itaporanga d'ajuda) dizendo que é pra eu ser curada, mas as verdadeiras intenções dele são outras?
Na verdade ele quer me jogar lá na intenção e me destruir. Ele é um homem perverso, vingativo e ruim; fez fofoca e conseqüentemente a inimizade entre a ex-mulher dele contra minha mãe(irmã dele) as duas não se falam.
Vou contar um pouco da minha história: comecei a apresentar problemas de comportamento leves em 1997 e em
Acho que eu sou a chave dos problemas da minha mãe e dos meus irmãos e do meu e deve isso que ele vê fica me persiguindo, ele faz as coisas, toma atitudes para ninguém desconfiar das segundas intenções dele.
RESPOSTA:
Olá, YYYYYY, saudações antimanicomiais! Que bom que você gostou do blog, to começando agora , há muito o que se fazer, eu mesma vou passar a escrever mais. Então sugiro que você seja uma seguidora do blog clicando no botão "SEGUIR" que há no canto direito da página, assim você poderá participar mais interativamente nele.
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Quanto ao seu relato acima, penso que você está num dispositivo alternativo ideal para o seu tratamento. Além de estar de acordo com a reforma psiquiátrica , os CAPS oferecem um suporte para quem precisa de atenção e cuidado. E Cuidado não só no sentido de tomar remédios, mas de ter direito a um tratamento com assistência, com a atenção psicossocial. Ou seja, junto com uma equipe interdiscplinar você pode ter o tratamento que precisa, exercendo seu direito de cidadania de estar no espaço urbano, indo e vindo, jamais com isolamento . Internação é coisa do passado, não se misturam esses tipos de temas. Um coisa é a opção religiosa, outra é o sofrimento mental que requer outro tipo de Atenção.
Se você está no CAPS continue nele, procure os técnicos, insista no seu tratamento mesmo que você não tenha um grande suporte familiar, conheça seus direitos! Eu não te conheço, mas você disse que havia deixado alguns projetos seus de faculade, trabalho, seu tio te persegue, que ele fala em internação para receber tratamento "religioso" e mudou-se de Estado.
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Quanto ao seu relato acima, penso que você está num dispositivo alternativo ideal para o seu tratamento. Além de estar de acordo com a reforma psiquiátrica , os CAPS oferecem um suporte para quem precisa de atenção e cuidado. E Cuidado não só no sentido de tomar remédios, mas de ter direito a um tratamento com assistência, com a atenção psicossocial. Ou seja, junto com uma equipe interdiscplinar você pode ter o tratamento que precisa, exercendo seu direito de cidadania de estar no espaço urbano, indo e vindo, jamais com isolamento . Internação é coisa do passado, não se misturam esses tipos de temas. Um coisa é a opção religiosa, outra é o sofrimento mental que requer outro tipo de Atenção.
Se você está no CAPS continue nele, procure os técnicos, insista no seu tratamento mesmo que você não tenha um grande suporte familiar, conheça seus direitos! Eu não te conheço, mas você disse que havia deixado alguns projetos seus de faculade, trabalho, seu tio te persegue, que ele fala em internação para receber tratamento "religioso" e mudou-se de Estado.
Bem , aí vão algumas dicas que podem ser sugestivas como a Lei 10.216:
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental:
São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento.
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
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IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
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Art. 4, § 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
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IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
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Art. 4, § 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente em seu meio.
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Art. 4, § 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.
Art. 4, § 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o.
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Se você fala em DENÚNCIA acredito que se haver algum constrangimento por parte do seu tio, o MINISTÈRIO PÚBLICO da sua cidade deve ser acionado de acordo com essa lei. Converse com o seu técnico - referência do CAPS.
Se você fala em DENÚNCIA acredito que se haver algum constrangimento por parte do seu tio, o MINISTÈRIO PÚBLICO da sua cidade deve ser acionado de acordo com essa lei. Converse com o seu técnico - referência do CAPS.
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Existe um benefício assistencial para quem não tem capacidade de exercer suas atividades laborais, mesmo que seja por um período momentâneo. Ele se chama Benefício de Prestação Continuada (BPC). Você recebe? Não sei se é o seu caso. No meu blog explico o que é e como adquiri-lo.
Existe um benefício assistencial para quem não tem capacidade de exercer suas atividades laborais, mesmo que seja por um período momentâneo. Ele se chama Benefício de Prestação Continuada (BPC). Você recebe? Não sei se é o seu caso. No meu blog explico o que é e como adquiri-lo.
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No mais YYYYY, é isso. não devemos nos calar diante daquilo que nos incomoda. Devemos a todo momento estar atento e combater todo o tipo de preconceito e lutar pela garantia dos nossos diteitos.
No mais YYYYY, é isso. não devemos nos calar diante daquilo que nos incomoda. Devemos a todo momento estar atento e combater todo o tipo de preconceito e lutar pela garantia dos nossos diteitos.
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Sabe, tenho uma louca experiência com usuários crônicos que estão inserido nos dispositivos alternativos de Niterói. Minhas idas ao CAPS, Residencias Terapêuticas renderia um livro. Quantas reuniões, musicoterapia, passeios. Fiquei no primeiro ano de estágio debruçada sobre esse trabalho, investigando a realidade manicomial desses usuários e pude constatar o quanto essas pessoas melhoram , no sentido deles se reapropriarem do espaço, da casa , da famíla, do seu direito de cidadnia, do seu direito de ser "DIFERENTE". Vou postar minhas "loucas" histórias no blog , vê lá!!!
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Bjs! Bjs! Por um mundo sem manicômios!!! A luta não pode parar!!!!!
Sabe, tenho uma louca experiência com usuários crônicos que estão inserido nos dispositivos alternativos de Niterói. Minhas idas ao CAPS, Residencias Terapêuticas renderia um livro. Quantas reuniões, musicoterapia, passeios. Fiquei no primeiro ano de estágio debruçada sobre esse trabalho, investigando a realidade manicomial desses usuários e pude constatar o quanto essas pessoas melhoram , no sentido deles se reapropriarem do espaço, da casa , da famíla, do seu direito de cidadnia, do seu direito de ser "DIFERENTE". Vou postar minhas "loucas" histórias no blog , vê lá!!!
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Bjs! Bjs! Por um mundo sem manicômios!!! A luta não pode parar!!!!!
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